quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Histórias de Verdade


E ela quem era?
Passou o dia procurando por si mesma.

Olhava no espelho mas não havia, ela havia esquecido de tudo,
perdera sua identidade, seu cheiro. sua face.


Era?

Não era verdade.

Mas quando em sua caixinha de linhas e costuras procurou lá estava o fio do tempo.
Apanhou a sombrinha e no fio se pôs a caminhar, se equilibrando...


Ora, onde anda a senhora? Apareça!

E a Dona dizia: Não olhe para baixo!


Ela se equilibrava no fio do tempo que havia encontrado esquecido na caixinha de costuras
e a Dona Verdade lhe acompanhava por cima de sua sombrinha, sem que ela percebesse.

Shhhhh! Dizia Dona Verdade. - Não olhe para baixo!

Seguia em busca da Dona sem saber que ela carregara consigo o que procurava...


E ela, quem era?

Ela era aquela que inventava o seu fio,
era ela quem inventava a história e o sentido, costurava o tempo no espaço o espaço no tempo
sem saber que enquanto pés após pés no espaço
era a beleza do caminhar que imprimia no fio.


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