quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Histórias de Verdade


E ela quem era?
Passou o dia procurando por si mesma.

Olhava no espelho mas não havia, ela havia esquecido de tudo,
perdera sua identidade, seu cheiro. sua face.


Era?

Não era verdade.

Mas quando em sua caixinha de linhas e costuras procurou lá estava o fio do tempo.
Apanhou a sombrinha e no fio se pôs a caminhar, se equilibrando...


Ora, onde anda a senhora? Apareça!

E a Dona dizia: Não olhe para baixo!


Ela se equilibrava no fio do tempo que havia encontrado esquecido na caixinha de costuras
e a Dona Verdade lhe acompanhava por cima de sua sombrinha, sem que ela percebesse.

Shhhhh! Dizia Dona Verdade. - Não olhe para baixo!

Seguia em busca da Dona sem saber que ela carregara consigo o que procurava...


E ela, quem era?

Ela era aquela que inventava o seu fio,
era ela quem inventava a história e o sentido, costurava o tempo no espaço o espaço no tempo
sem saber que enquanto pés após pés no espaço
era a beleza do caminhar que imprimia no fio.


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sol e lua, Branca e Preto



o sol e a lua, 1956
José de Santa-Bárbara
óleo s/ cartão

Ela o amava

Ela o amava em todas as suas nuances

Nas verdes, nas vermelhas
Até quando ele no escuro da noite
se escondia
para que ela não visse seus olhos, ela o amava
Mas não foi o bastante, para que o sol saisse

Amanheceu e ela havia partido

Se Partido em alguns pedaços

Ou se juntado a ela mesma

O sol saiu


E ela se levantou saiu pra ver.

Amando todas as nuances
Nos verdes e vermelhos
Ainda quando ele no escuro escondia sua face
Que teimava em não se deixar ver.
Ela só queria estar junto, nascer junto...


Assim era
Sol e Lua

Dia e Noite
Branca e Preto


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Porque eu gosto!


quinta-feira, 10 de junho de 2010

As portas que abrimos e fechamos

Hoje sei o quanto minhas portas são importantes.
Hoje fechei [ou me fecharam] uma porta mas outras eu abri[ou se abriram] e como sempre, dei sorte!
E quanta sorte eu tenho nessa vida!
Não tenho tempo de parar, parar me custa um dia de vida...
Não aprender me custa um ano de vida
Não reconhecer, um valioso inverno
Acolher,abraçar e perdoar me custa um milênio à frente
Aqui eu tenho crescido
Tenho aprendido
E portas melhores e mais valiosas se abrem e isto me basta!
Celebro a vida lá do alto do céu do meu Rio !
Viva a alegria, tô viva!!

Eet (Album Version) by Regina Spektor on Grooveshark

terça-feira, 18 de maio de 2010

Receita para Cabeça Avoada


Certa vez me disseram que não se conseguia fazer nada porque a cabeça havia voado.
Então me lembrei que há muitos anos atrás eu havia herdado uma receita para estes casos, dei uma acrescentada porque os tempos mudaram, e então ela ficou perfeita!

INDICAÇÃO : Quando se está com a cabeça avoada
POSOLOGIA: Não desperdice, e nem economize.

Pegue duas medidas da melhor música;
Mais 1/4 do melhor aroma de incenso que você pode ter sentido em toda a sua vida;
Acrescente 3 horas de pôr de sol, do sol de solsticio de inverno ;

(Que neste ano vai dar em 21 de junho mais precisamente às 16:10)

Mais uma xícara de chá de calor humano, calor do ser humano que você escolheu;

E por fim 6 partes da visão do sorriso que teima em não sair da sua memória.


Após todos estes ingredientes reunidos convide a sua cabeça a pousar sobre o seu pescoço
e torça para que ela não voe mais, uma vez que tudo o que ela estava procurando você já reuniu em todos os ingredientes citados acima.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ah! O outono!!



Finalmente!



Finalmente consegui editar as coisas neste blog e mesmo tendo se passado quase três meses de muito trabalho não só com ele mas com o novo projeto de Tidir, que logo escreverei sobre ele, apesar de aqui não ser o espaço destinado aos meus projetos profissionais...


O outono me inspira. E nele morro um pouco para renascer voltar à superfície trazendo coisas novas e melhoradas.

Por isso abra um vinho que aqui vai uma música boa para um bom outono!
Vamos celebrar!

segunda-feira, 15 de março de 2010

A piedade de Deus

Que Deus tenha piedade das gavetas velhas, cheias de coisas novas que ali se amontoam.
Que Deus tenha piedade das mãos que amontoam coisas em gavetas velhas. Coisas que envelhecem com o tempo e repousam conformadas em lugares que não são seus, sejam recebidas no reino dos céus.
Que toda a misericórdia e o perdão sejam dados às mentes distraidas quem encerram coisas em gavetrtas escuras, roubando-lhes o direito da existência plena em seu devido lugar.

Deus, tenha piedade daquelas que se encerram como ocisas em gavetas e passam a vida se poupando do envelhecimento inivitável.
Da morte inevitável, da vida...

Que Deus tenha piedade de nós.
amem

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Tempo espaço

Receita : leiam ouvindo as músicas, e divirtam-se!

Podemos amar por quanto tempo?
Quanto poderia eu me doar a você e quando eu partir não ver seu rosto triste?
Ele a chamou de egoista porque ela mudava de cor todos os dias e seus raios de luz iluminavam cantos diferentes em todas as manhãs.
Podia ela tê-lo deixado menos enciumado por acariciar o amanhecer apenas vestida com asas...

Ela voava sempre que sentia o som daquela música entorpecente, de gosto doce e que a levava sem que ela pudesse hesitar.
Assim o tempo não significava em minutos nem horas, poderia ter sorrido por um século ou se deleitado por um milênio.
Seu tempo não era este, sua sensação transcendeu e apenas o olhar era o bastante, sempre, e tudo era envolto em sonho e uma névoa alva a fazia sumir e aparecer de repente, onde mostrar e ocultar era aguçar ainda mais fantasias.

Poderia caber dentro deste ser o amor daquele guerreiro que a via pelo ar quando à sua vontade, ela voava...
No azul profundo de um anoitecer sua pele cintilava molhada em gotas e só fazia romper o azul profundo para tornar-se violeta quando em laranja dourado a manhã se transformava.

E tudo era sonho...

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