Que a chuva de dezembro não desbote sua lembrança do meu pensamento.
E que nos próximos meses e nas próximas chuvas,
nem o seu gosto nem o seu cheiro seja levado,
nem o seu gosto nem o seu cheiro seja levado,
junto com toda a água que cai sobre mim.
E que numa destas tempestades eu saia de onde estou,
E que numa destas tempestades eu saia de onde estou,
te procurando pelas ruas na certeza de que você está mais próximo do que imagino,
Molhada e com olhos famintos indo ao seu encontro
mesmo que a chuva dure um bom tempo.
6 comentários:
Vou unir seu belo poema com um texto que eu gosto mto.. ambos se completam.
"Tenho um amor fresco e com gosto de chuva e raios e urgências. Tenho um amor que me veio pronto, assim, água que caiu de repente, nuvem que não passa .me escorrem desejos pelo rosto pelo corpo. Um amor susto. um amor raio trovão fazendo barulho. me bagunça. e chove em mim todos os dias."
caio fernando abreu
adoro passar por aqui.. otimo dia.
Oi Dona Branca de palavras inundadas pelas chuvas torrenciais desta BH em dezembro.
Muito lindo seu blog e sem contar que Daveid Matthews é d+, einh? hehehe
Saudades e boas lembranças.
Um bj.
Augusto.
sim! E tem chovido muito neste dezembro já quase verão.
Mas ler esta chuva aqui é quase tão aquecedor como os raios de sol dos quais sinto tanta falta...
belo poema!
beijos
=**
"Mesmo que a chuva dure um bom tempo"
é as vezes certas tempestades custam a passar.... e não nos tornamos impermeavéis a elas.
Mas depois da chuva sempre ha um recomeço...eu acho!
Como sempre minha amiga e suas belíssimas palavras. Beijos querida.
pra ser digna me recorrerei a Lispector....
"Quero escrever o borrão vermelho de sangue
com as gotas e coágulos pingando
de dentro para dentro.
Quero escrever amarelo-ouro
com raios de translucidez.
.....
Mas aqui vai o meu berro
me rasgando as profundas entranhas
de onde brota o estertor ambicionado.
Quero abarcar o mundo
com o terremoto causado pelo grito.
O clímax de minha vida será a morte.(...)"
acho que assim fotografamos bem....
Postar um comentário