Escola Guignard - Jean Paulo Aquarela s/ papel -2002 e Praça da Liberdade -Jean Paulo aquarela s/ papel 2001
Quando me levantei pensei em como seria se da cama
eu não saísse nessa manhã nublada e que tanto
me convidou a ficar debaixo, no quentinho do edredon.
Me levantei depressa para que nem desse tempo de eu
imaginar que da cama eu não pudesse nunca levantar.
Ela se levantou e saiu, no oridinário viu o extraordinário,
pelas ruas pelas palavras, que intimamente sente tão suas.
Hoje ela se vestiu de vermelho para não quebrar o ritmo nem a vibração.
Ouviu Maria Gadu e entre tantas conversas deu até noticias de sua guerra particular.
Viu que após a chuva o sol, que parecia ter se despedido do céu belohorizontino,
deu as caras, tímido, daquele jeito que ela gosta.
Há coisa melhor que dia ordinário, céu com nuvens e sol tímido daquele que não peca pelo exagero?
Prefiro assim tímido, com nuvens, delicado, sem invadir meus olhos, simples.
No final ela escreveu sobre o começo, o começo virou o final,
assim de mansinho, feliz, de uma felicidade sem desespero sem exagero.